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Justiça Divina e sua Imparcialidade

Em Compêndio
abril 30, 2024

Eduardo Scavone, Bacharel em Logística

Quem nunca se viu diante daquela questão angustiante: “Por que isso está acontecendo comigo, Deus?” Quem realmente acredita na justiça divina, mas se encontra em meio ao questionamento?

Mas afinal, o que é justiça? O que significa ser justo? Uma definição que ressoa em muitos conceitos é simplesmente dar a cada um aquilo que é seu por direito. Agir com justiça é assegurar que cada indivíduo receba o que lhe pertence. Isso faz sentido, não é mesmo?

Pense no exemplo do roubo. Quando algo é tirado de nós, naturalmente queremos recuperá-lo. Se alguém rouba seu carro, você não vai pedir um ônibus em troca, certo? Essa é a essência da justiça: receber aquilo que nos pertence, independentemente das circunstâncias.

Mas por que, então, os seres humanos frequentemente falham em ser integralmente justos? Por que tendemos a agir com parcialidade em nossas decisões, favorecendo aqueles com quem nos identificamos ou nos importamos mais?

Por exemplo, no ambiente de trabalho, se vemos alguém que não apreciamos sendo promovido enquanto um colega próximo é deixado de lado, é natural sentirmos que a decisão foi injusta. Ou pense no clássico exemplo do sobrinho do dono da empresa que é rapidamente promovido, enquanto outros funcionários com mais mérito são ignorados. Nas discussões políticas, essa parcialidade se torna ainda mais evidente. Costumamos ser mais críticos com os erros dos políticos e partidos com os quais discordamos, enquanto somos mais indulgentes com aqueles com os quais simpatizamos.

Entender essa tendência à parcialidade é fundamental. Somente aquele que vê e sabe tudo não comete erros. A justiça divina é imparcial e infalível. Ela não favorece uns em detrimento de outros; é aplicada igualmente a todos, sem exceção.

A justiça divina se baseia na lei do carma que na metafisica equivale a terceira lei de Newton, onde estabelece que cada ação gera uma reação correspondente. Assim, somos responsáveis por nossas próprias ações e suas consequências. Não se trata de um castigo, mas sim de uma consequência natural e necessária regida pela própria lei divina que permeia o universo.

Essa compreensão nos leva a refletir sobre a importância de nossas escolhas e a encarar os desafios do dia a dia com mais serenidade. Se nada acontece por acaso e os obstáculos são parte de um processo de aprendizado e evolução, podemos enfrentá-los com mais leveza. Os mais preparados compreendem que as provações são passageiras e que a justiça divina é absoluta, sofrendo menos diante das adversidades.

A vida vivida pela ótica espiritual nos ensina uma verdade inegável: quem morre retorna, e quem nasce parte. No entanto, muitos ainda não compreendem essa dinâmica. Percebem erroneamente que quem morre se vai, e quem nasce chega, sem entender de onde vêm ou por que estão aqui.

Assim, é fundamental buscar o verdadeiro conhecimento para transcender essa visão limitada e entender que nossa jornada na Terra é guiada por uma sabedoria superior. Ao compreendermos isso, o impacto das provações se ameniza, e a lógica nos mostra respostas que talvez não possamos compreender plenamente.

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Bacharel em Logística, Palestrante e Instrutor Espírita.