Roberto Marco, Revisor Linguístico e Orientador Espírita
“Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento. Instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades são encontradas no Cristianismo; os erros que nele criaram raiz são de origem humana. E eis que, além do túmulo, em que acreditáveis o nada, vozes vêm clamar-vos: Irmãos! nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade!” – (Espírito de Verdade. Paris, 1860.)
Allan Kardec – O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI, item 5.
No vasto universo da filosofia espírita, encontramos ensinamentos profundos que ultrapassam os limites da existência material. Entre as máximas que orientam o caminho dos espíritas, destaca-se a imperativa instrução: “Amai-vos e instrui-vos”. Essas palavras não são apenas um preceito, mas sim um guia para uma jornada significativa e evolutiva.
O amor, concebido no espiritismo, vai além das fronteiras do sentimento humano convencional. Ele é uma força universal, a essência Divina primordial que conecta todos os seres. Amar, nesse contexto, não é apenas um gesto emocional, mas um compromisso de compreensão, respeito e benevolência para com o próximo.
Ao nos encorajar a amar, o espiritismo nos convoca a superar as barreiras da intolerância e a cultivar uma compaixão que não se limita a circunstâncias ou fronteiras. A prática do amor espírita nos leva a perceber que, ao amarmos o outro, estamos, na verdade, estendendo esse amor a nós mesmos e ao Divino que reside em cada ser.
A instrução, na filosofia espírita, é vista como a luz que dissipa as trevas da ignorância. Buscar o conhecimento é uma jornada constante, uma vez que a compreensão das leis divinas e a evolução espiritual estão intrinsecamente ligadas ao aprendizado contínuo.
Ao instruir-nos, não apenas adquirimos conhecimentos intelectuais, mas também expandimos nossa consciência espiritual. A busca pelo entendimento nos capacita a desvendar os mistérios da existência e a compreender nosso propósito maior neste plano terreno.
A orientação para amar e instruir-se não é simples dicotomia, mas sim uma união de esforço que enriquece nossa jornada espiritual. O amor, quando fundamentado no entendimento e na compreensão, floresce em uma benevolência ilimitada. A instrução, impulsionada pelo amor, transforma-se em uma ferramenta poderosa para a evolução espiritual e o serviço altruísta à humanidade.
Ao vivermos segundo esses princípios, nos tornamos agentes de transformação em nossas comunidades e na sociedade como um todo. O amor e a instrução, entrelaçados, são as asas que nos elevam na senda da evolução espiritual, guiando-nos para uma compreensão mais profunda de nós mesmos e do universo que nos rodeia.
Em suma, a mensagem “Espíritas, amai-vos e instrui-vos” é um chamado para uma vida plena e significativa, onde o amor e o conhecimento são os pilares que sustentam nossa jornada espiritual. Que possamos, a cada passo, seguir essa nobre orientação e contribuir para a construção de um mundo mais iluminado e compassivo.