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O Vai e Vem nas Estações Nascer e Morrer

Em Crônicas
março 28, 2024

No palco cíclico da existência, o espetáculo do nascer e morrer se desenrola como uma peça teatral atemporal, onde os atores transitam entre as estações da vida, desempenhando seus papéis com maestria e aprendizado. É como se estivéssemos todos embarcando em um trem universal, viajando pelas estações do tempo, onde o nascimento e a morte são as plataformas que marcam nossas paradas.
Nascer é como o despertar para um novo dia, onde a alma, que vagueava em outras dimensões, escolhe mais uma vez habitar o corpo terreno. A estação do nascer é um portal de renovação, uma conexão no traslado entre o espiritual e o material. O choro do recém-nascido é como a música que anuncia a chegada de uma nova peça teatral, com um enredo ainda desconhecido, mas repleto de possibilidades.
À medida que avançamos nas trilhas da vida, experimentamos as estações intermédias, repletas de altos e baixos, sucessos e desafios. A jornada é uma dança constante entre a alegria efêmera e as lágrimas que irrigam a terra fértil da experiência humana. Encontramos amores que florescem como jardins em primavera e enfrentamos tempestades que desafiam nossa resistência.
E então, inevitavelmente, chegamos à estação que muitos temem: a estação do morrer. No entanto, para os que creem, a morte não é o fim, mas sim um novo começo, uma transição para uma dimensão além da compreensão terrena. É como sair de cena após uma atuação brilhante, sabendo que o espetáculo continua em outros planos.
Nas estações do nascer e morrer, as almas se entrelaçam em uma coreografia divina. Cada experiência, cada encontro, cada despedida é um passo coreografado no balé da existência. A morte não é o apagar de uma vela, mas sim a transformação da luz em outra forma de energia, uma metamorfose que escapa à compreensão limitada dos sentidos físicos.
Nos ensinamentos espíritas, compreendemos que a morte não é um adeus, mas um até breve. Assim como o sol se põe para dar lugar à noite, sabemos que ele voltará a brilhar no horizonte. Da mesma forma, a alma, após o espetáculo terreno, continua sua jornada, buscando a evolução e a ascensão espiritual.
Assim, nas estações do nascer e morrer, percebemos que somos atores e espectadores de uma narrativa universal. Cada ciclo de vida é um capítulo, cada existência é uma página, e a grande obra continua, eterna e imortal, nas páginas do livro do universo.

Roberto Marco

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Revisor Linguístico, Palestrante e Instrutor Espírita.